quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Espada Quebrada!

Protegido por um cordão de asseclas engomados, ali estava o Marechal Manuel Deodoro da Fonseca a visitar amigavelmente a tropa que, na véspera, o apoiara no ato da Proclamação da República. Em dado momento da caminhada, parou instantaneamente para retrucar um funcionário do cerimonial que, incomodado com o cheiro do suor de homens e cavalos, ousara lhe dizer:

- Vossa Excelência não precisa andar por todos os departamentos, além do que já lhe preparamos uma carruagem luxuosa e digna de um rei. Não fica bem ao Presidente da República do Brasil misturar-se à tropa!

Enquadrando o refinado cortesão, com o dedo em riste assim disse o presidente:

- Se um dia eu não puder olhar nos olhos de meus soldados, quebro minha espada e me candidato a um cargo eletivo para falar mal de quem quer que seja! (Tertúlia)

Depois de relembrar com carinho esse pedaço de história contado por meu saudoso pai durante suas tertúlias, estive pensando em algo relevante, já que estamos às portas do pleito eleitoral geral de 2010.
A representatividade dos militares é pífia no cenário federal. A dos controladores de tráfego aéreo é nula. Diante disso, por que não pensar em caminhos alternativos para nossa causa, quer seja elegendo pessoas sensíveis aos nossos anseios, quer dando a cara a tapa e partindo para candidaturas em cada Unidade da Federação. Não somos muitos, mas temos família, amigos, usuários e simpatizantes da aviação que certamente poderiam render alguns votos.
Pode-se observar que a caserna já se movimenta em aclamar o General Heleno como candidato à presidência. Estaria o audaz general seguindo os princípios de Deodoro?
O momento é propício para uma mudança de estratégia, pois movimentos não governamentais apoiam a “não reeleição das velhas raposas” que estarão deixando escapar votos para os candidatos novatos, de primeira viagem.
Os dois ex-controladores de tráfego aéreo que atuam em Brasília hoje, um Deputado e um Ministro de Estado, não estão engajados com a causa ATC, mas sim com o meio que os adotou e os elegeu. É bom lembrar que:
1) A simpatia a uma candidatura “ATC” virá naturalmente em consequência dos efeitos do chamado “Apagão Aéreo”;
2) A internet existe e estará gratuitamente liberada para essa eleição;
3) As Associações estão totalmente ociosas e ávidas por trabalho;
4) A data limite para filiação partidária e mudança de domicílio eleitoral se aproxima;
5) Se somos fortes o suficiente a ponto de suportar o maior volume de tráfego aéreo do hemisfério sul do planeta, não há o que temer!

Buscar licitamente os direitos democráticos pode representar um caminho mais complexo, mas com certeza, menos doloroso e mais produtivo. As associações dos bingos, dos flanelinhas, das prostitutas, dos traficantes, dos bicheiros, dos moto-taxistas, dos moto-boys, dos camelôs, de tantas outras atividades comuns, dignas ou não, lícitas ou não, estão a trabalhar fortemente em busca de representatividade. O que fazem atualmente as nossas associações de controladores?
Celso BigDog

Ministério Público Militar denuncia 89 Controladores de Tráfego Aéreo



MP denuncia 89 controladores militares de voo
Integrantes da paralisação foram enquadrados nos crimes de atentado contra transporte e motim.

O Ministério Público Militar (MPM) em Brasília ofereceu ontem denúncia contra 89 controladores militares de voo envolvidos na greve que paralisou o tráfego aéreo do país em 30 de março de 2007. Todos foram enquadrados nos crimes de atentado contra o transporte e motim, ambos previstos no Código Penal Militar.
Os sargentos Edleuzo Cavalcante e Carlos Trifilio, apontados como articulares e líderes do levante, deverão responder também por incitar a prática de crime militar. A acusação pede que os controladores citados sejam expulsos dos quadros da Força Aérea Brasileira (FAB).
Iniciada há dois anos e meio, a investigação demorou para ser concluída porque a Justiça exigia que o MPM descrevesse as condutas de cada um dos envolvidos. A procuradora Ione de Souza Cruz, responsável pelo inquérito policial-militar, decidiu, então, requerer à FAB a degravação das conversas telefônicas feitas naquele dia a partir do centro de controle do espaço aéreo de Brasília (Cindacta-1), de onde teriam partido as ordens para o restante do país.
O advogado Roberto Sobral, da Associação Brasileira dos Controladores de Tráfego Aéreo (ABCTA), afirmou que deve usar todos os instrumentos disponíveis para a defesa a fim de mostrar a inocência de seus clientes, como o habeas corpus para trancar (acabar) com a ação por falta de justa causa.
– Não houve motim, pois nenhum oficial que estava presente teve a coragem de comandar sentido e ordenar a saída de todos – afirmou.


Zero Hora - Online 23/09/2009

Que os envolvidos nesse processo tenham a sorte de encontrar as justificativas adequadas para balizar suas convicções, permitindo que a justiça floresça em sua forma mais cristalina. Deus é onipresente!
Celso BigDog

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

20 de Outubro - "Dia Internacional do Controlador de Tráfego Aéreo Estrangeiro"


20 de outubro é uma data muito especial, daquelas que justificam você chamar meia dúzia de amigos e juntos assar uma carne, tomar umas geladas e contar boas piadas. Um dia para falar de avião, falar mal de chefe, falar com saudade dos amigos que já se foram, falar com alívio daqueles que já foram tarde, e falar com carinho daqueles desajeitados que acabaram de chegar. Um dia para lembrar com satisfação da invisível, desconhecida, incompreendida e lúdica atividade de controle de tráfego aéreo no Brasil. Um dia para lembrar das comemorações passadas no Kart Center de São José dos Campos, que carinhosamente costumo chamar de ATCOTOBER FEST e cujos maiores incentivadores do encontro sequer são controladores, nossos queridos amigos Mário e Francisca.

Então, anote em sua agenda para não assumir outro compromisso. Não pense em mega eventos, mas não deixe a data passar em branco, quer seja em grandes Centros ou em pequeninas Torres e Estações Aeronáuticas escondidas nos sertões desse imenso país. Não se preocupe com a organização, pois assim como tem sido no ATS brasileiro, na hora sai!
Dia 22 de Outubro haverá o tradicional encontro no Kart Center em São José dos Campos. Se tiver oportunidade, vá! Confirme a sua presença pelo e-mail franciscafrv@gmail.com ou apenas mande uma mensagem de carinho para os presentes e para os organizadores.

Parabéns para nossos amigos controladores estrangeiros e um “salve” uníssono para cada um de nós, brasileiros!
Celso BigDog

domingo, 20 de setembro de 2009

500 aves a menos nos aeroportos brasileiros!

Neste ano, foram registradas mais de 500 colisões de aviões e aves
Olhando pelo lado positivo, podemos afirmar com satisfação que foram 500 aves a menos. Seria esse o plano governamental para resolver o problema e acabar com as aves aeroportuárias? Cada pássaro derrubado um ponto para o piloto! Quem sabe até quando eles estarão vencendo essa pendenga.

Poderíamos incluir nisso também a Operação São João, marcando pontos para cada balão rasgado. Com lanterninha e cangalha de fogos de artifício então vale mais pontos para o piloto.

Tem localidade por ai que está usando gavião de mentira instalado de pé num toco próximo à cabeceira para espantar andorinhas. Fiquei sabendo que duas andorinhas construíram seus ninhos num desses gaviões empalhados. Uma aninhou-se sob asa e a outra bem no... no... enfim, deixe pra lá.

Desculpe-me o leitor se o meu sarcasmo tende, por vezes, a passar dos limites, mas é que a razão é aniquilada pela desfaçatez com que o assunto é tratado. O que estão esperando? Aumentar as vergonhosas estatísticas brasileiras? Temos quatro vezes mais mortes em acidentes aéreos do que a média mundial!

Abro um parêntesis agora para minha falta de modéstia, mas sem qualquer medo de errar. Depois de mais de três décadas trabalhando em controle de tráfego aéreo, ensino aeronáutico a experientes pilotos de linha aérea, de trouble shooting em empresa aérea com habilitação para o padrão ETOPS (Engine Twin Operation System), de escalador de tripulantes de cabine e técnicos, sem falar das centenas de controladores que lapidei para exercerem a função com profissionalismo e segurança. Com todo esse conhecimento morro de medo de viajar de avião, não pelas panes, não pelos pilotos, nem pelos meus inexperientes amigos controladores, pois sei que tem alguém mais preparado a fungar em seu cangote enquanto controla. Tenho muito medo das revoadas de andorinhas, do lúgubre planeio de urubus, do curto voo de um quero-quero isolado, de lindas garças branquinhas como neve, e até de uma desajeitada corrida de seriema próximo ao rotate.

Penso com indignação nos meus colegas pilotos. Por que não reportam com seriedade a presença de aves durante suas operações? Preguiça? Querem me fazer acreditar que o perigo aviário é maior em São Paulo do que em Belém? Sei que os números referentes às colisões com pássaros estão próximos da verdade, mas os avistamentos notificados parecem uma provocação. Perdoem-me senhores pilotos, mas a responsabilidade pela inércia das autoridades aeronáuticas e governamentais é de vocês! Vejam só mais uma matéria a respeito e decidam:

Neste ano, foram registradas mais de 500 colisões de aviões e aves

Celso BigDog

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Confirmado: O Rafale pegou Gripen Sueca!


O presidente e o ministro da defesa que não são pilotos, muito menos combatentes aéreos, preferem politicamente o Rafale francês. Quem vai operar o equipamento e defender o espaço aéreo brasileiro prefere o Hornet americano. De repente chega um comerciante que "SAAB" da preferência do povo brasileiro e anuncia uma pechincha tentadora, contaminando o país com Gripen Sueca.

Assim fica difícil. Não seria melhor se houvesse um leilão desses brinquedinhos na América Latina? Já que todos estão sentando em cima do rabo enquanto compram armamentos, enquanto criticam os acordos militares e espicham o olho no quintal do vizinho, seria interessante resolver tudo isso na base do dou-lhe uma... dou-lhe duas... dou-lhe três! Mas quem sou eu para sugerir isso, não? O que vejo é que os países da AL fariam um grande negócio se comprassem um grande lote dessas máquinas e rateassem. Pensem! Se 36 unidades recebe um desconto de 50%, quanto não receberia um lote de 200 unidades?

Quando questionado pelos concorrentes a respeito do Gripen ser monomotor, assim disse Hakan Jervell – Vice-ministro da Defesa Sueco:
- "Um motor é um problema. Dois motores são dois problemas!" E não é que isso tem lógica?

O melhor de tudo é que, com a compra dos 50 helicópteros e dos 36 aviões de uma só vez, depois de muito tempo, nossos audazes aviadores voltarão a voar! Perceberam? Voltarão a voar!


Matéria relacionada:


Celso BigDog

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O fim da “caixa preta”!


Você já pensou nessa possibilidade? Leia a matéria. É bem interessante e uma realidade de um futuro bem próximo.


Airbus quer utilizar satélites para aperfeiçoar sistemas de localização


De Céline Le Prioux (AFP)


— Enquanto as caixas pretas do aparelho A330 que caiu em junho entre Rio e Paris permanecem difíceis de localizar, a Airbus propõe que no futuro os principais dados dos voos sejam recolhidos por satélites e não mais por esses equipamentos.
"Examinamos a possibilidade de aperfeiçoar o sistema atual por um outro método de recolhimento de dados", declarou nesta sexta-feira o presidente da empresa europeia, Thomas Enders, ao jornal francês Le Parisien.
"Os dados mais importantes dos voos poderão, por exemplo, ser transmitidos em tempo real por satélites, como já é o caso das informações ligadas à manutenção do avião. É um ponto em que trabalhamos com nossos associados e fornecedores", acrescentou.
O secretário de Estado francês de Transportes Dominique Bussereau quer discutir em algumas semanas a modernização do sistema com a Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), em Montreal.
"Não se trata de suprimir completamente de um dia para o outro as caixas pretas, a tecnologia não foi suficientemente desenvolvida", indicou um porta-voz da Airbus. "Por outro lado, é possível projetar a transmissão por satélite de parâmetros relativamente simples como a velocidade, a direção, o itinerário, a posição da aeronave".
"E se transmitirmos esses dados de maneira regular, poderemos reconstituir em tempo real a trajetória de um avião, e, com isso, saber onde caiu", acrescentou. Duas questões ainda devem ser reguladas: os satélites não cobrem a totalidade do globo terrestre -as zonas polares ficam excluídas- e os dados enviados pela aeronave devem ser mantidos em segurança.
A Airbus não indicou nesta sexta-feira o custo de um novo sistema desse tipo. Fontes ligadas à empresa afirmam, entretanto, que não seria muito alto em relação ao preço de um avião que oscila entre 56 e 337 milhões de dólares. Os aviões já em operação poderão ser equipados, já que esse tipo de tecnologia pode facilmente ser desenvolvida em kit, afirma a mesma fonte.
Uma transmissão total via satélite de todos os dados do voo suscita temor entre os pilotos. "Os pilotos não aceitarão um sistema como esse se ele não fornecer garantias de proteção dos registros", considera Patrick Magisson, do sindicato dos pilotos de carreira (SNPL).
Além da utilização de satélites, a Airbus quer aperfeiçoar o sistema para que as caixas pretas sejam mais facilmente localizáveis, uma reivindicação de vários atores do transporte aéreo. "Poderemos ter caixas pretas equipadas com flutuadores, que seriam ejetados automaticamente em caso de acidente", sugere Magisson.
Depois do acidente com o voo 447, no dia 1º de junho, que deixou 228 mortos, o Estado francês desembolsou 10 milhões de euros para localizar os equipamentos de registro de voo -fundamentais para explicar as causas da tragédia-, ressalta o Birô de Investigações e Análises (BEA, em francês), encarregado da investigação técnica. Novas buscas, que poderão custar mais dezenas de milhões de euros, de acordo com a BEA, deverão ser retomadas no outono. A Airbus pretende participar financeiramente.

Não é interessante?

Celso BigDog

Brasil 4 X 0 Planeta


Taxa de acidente aéreo fatal no País supera a mundial

... só a partir de 2011 os dados devem refletir uma melhora significativa, caso não ocorra nenhum acidente de grandes proporções.


País tem alta taxa de acidentes fataisA taxa de acidentes fatais na aviação regular do Brasil está mais de quatro vezes acima do padrão mundial. A avaliação consta do inédito Relatório Anual de Segurança Operacional, da Agência Nacional de aviação Civil (Anac), divulgado ontem. Enquanto o índice de tragédias na aviação regular brasileira foi de 1,76 para cada 1 milhão de voos em 2008, a média internacional ficou em 0,4. O País ficou à frente apenas dos poucos países do leste europeu não vinculados à Agência Europeia para a Segurança da aviação (2,56), Ásia central e oeste (2,29) e África (4,96).Apesar de as estatísticas indicarem um cenário desfavorável, dizem os técnicos da Anac, a tendência é de melhora nos próximos anos. Como as médias de cada país são calculadas com base nos registros dos últimos cinco anos, só a partir de 2011 os dados devem refletir uma melhora significativa, caso não ocorra nenhum acidente de grandes proporções.
As quedas do avião da Gol em 2006 e da TAM em 2007 foram as responsáveis pela piora do índice nacional. As duas maiores tragédias da aviação civil brasileira tiveram juntas 353 vítimas. “Sem essas duas ocorrências, a taxa nacional estaria muito próxima da dos Estados Unidos (0,26, a mais baixa do planeta)”, afirma o gerente-geral de Análise e Pesquisa em Segurança Operacional da Anac, Ricardo Senra, responsável pelo estudo.
A meta da agência é alcançar em 2011 uma taxa próxima de um acidente fatal para cada 1 milhão de voos. A Organização de aviação Civil Internacional (Icao, na sigla em inglês) estabelece como padrão aceitável um índice até duas vezes superior à média mundial, hoje em 0,4. “O fato de projetarmos o cumprimento da meta em dois anos não significa que vivemos uma condição insegura”, afirma Senra. “A aviação brasileira é segura e nossa ideia é aprimorá-la. Depois de atingirmos essa meta, haverá outras.
Buscamos zerar esse número”, frisou.


Jornal do Comércio 17/09/2009


Não é preciso consultar um vidente para se fazer previsões óbvias. Se nunca mais houver acidente aéreo, é natural que o índice tenderá a zero, ou não? Será que a única providência a ser tomada se resume a torcer para que não ocorram acidentes? Acredito que a população esteja mais interessada em saber o que está sendo efetivamente realizado para diminuir riscos, do que participar de uma corrente de pensamento positivo em prol da segurança de voo. Poupe-me!

Isso só reforça a suspeita de que “a ANAC só fez esse relatório para cumprir uma exigência internacional”, e nada mais. Se o transporte aéreo no Brasil é realmente seguro, como diz a ANAC, por que organismos internacionais estão exigindo essa estatística, para que ela servirá?

É importante ressaltar que, por sorte, por umas poucas milhas, o acidente do voo 447 da Air France, que matou 228 pessoas, não conta para as estatísticas brasileiras. Isso porque a aeronave era francesa e a tragédia ocorreu já em águas internacionais. Ele será computado na França. Se os números estivessem sido computados para o Brasil, certamente estaríamos disputando a lanterna com nossos amigos africanos.

Não gosto disso, mas ouso fazer uma previsão, e olhe, sem fazer nenhum grande relatório. Basta ler o sério trabalho realizado periodicamente pelo CENIPA para se suspeitar que:

“Se nada for feito, uma colisão com pássaros irá frustrar a expectativa da ANAC em diminuir os acidentes aéreos com vítimas nos próximos anos”.

Como sei? Um passarinho me contou!

Celso BigDog

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

O Modelo de Reason


Desculpe se o entendimento do artigo anterior ficou prejudicado pelo conhecimento do assunto. O "Modelo de James Reason" é bastante interessante e substitui aquele conceito antigo de que um acidente é uma sequência de dominós, um derrubando o outro como numa reação em cadeia. Melhor do que tentar explicá-lo é exemplificar com um acidente bem recente, analisado pelo Instituto de Criminalística de Sâo Paulo: "O trágico pouso do voo jj3054 em Congonhas".

" O laudo produzido pelo Núcleo de Engenharia do IC utiliza o modelo do "queijo suíço", desenvolvido nos anos 90 pelo psicólogo britânico James Reason, para explicar as diversas falhas que culminaram no maior acidente da aviação brasileira. A primeira "fatia" corresponde à Anac, encarregada de...

Siga o link e entenda melhor:

http://www.estadao.com.br/cidades/not_cid277435,0.htm

Celso BigDog

A importância do mecanismo “read back/ear back”


O piloto do avião que colidiu com o helicóptero sobre o rio Hudson cotejou a frequência erradamente e não foi corrigido pelo controlador. Isso também é muito comum no controle de tráfego aéreo brasileiro, e ocorrerá desapercebidamente até um dia que os furos das fatias do queijo citados por Reason se alinharão e se transformarão em furos de reportagem. Pense nisso!

Pilot in crash had wrong radio frequency

"WASHINGTON — The pilot of a plane involved in a mid-air collision over the Hudson River read back the wrong radio frequency to an air traffic controller but wasn't corrected by the controller, a federal safety official said Wednesday."


Veja matéria completa:

http://www.google.com/hostednews/ap/article/ALeqM5i7snJnN8kUVlX69sAmaPg4IPi6aQD9AOJVA02

Celso BigDog

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Austrália quer a fusão do ATC civil com militar. No Brasil já estão fundidos faz tempo!


“THE Rudd government is seeking to save more than $300 million by merging the nation's civil and military air traffic control systems.”

A decisão da militarização ainda esbarra no medo que os militares australianos tem de, ao aproximar a Circulação Aérea Geral da Circulação Militar, perderem o controle estratégico de defesa aérea, ou seja, exatamente o contrário do que pensam os militares brasileiros quando o assunto é desmilitarização. Ou melhor, militarizar pode levar a perder a força estratégica. Quer dizer, se desmilitarizar também pode levar a perder a força estratégica... Durmam com um barulho desses!

Veja a matéria:


ou:


Celso BigDog

sábado, 12 de setembro de 2009

As "Raízes" do SISCEAB.



Para aqueles que acham que minha história a serviço do Controle de Tráfego Aéreo Brasileiro se restringe às salas de controle, às missões no ICEA a devorar as publicações aeronáuticas de uma aviação civil (hoje não mais), conto aqui resumidamente uma pequena passagem, entre muitas semelhantes, que um dia, se a saúde me permitir, as contarei de cabo a rabo.
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Agosto de 2004. O valente monomotor da FAB, depois de uma viagem angustiante sobre a densa floresta amazônica, circula glissando a pequena cidade, identifica a pista, enquadra e pousa. Voando desde a véspera, quando saímos de Manaus, finalmente chegamos a São Félix do Xingu. É o fim do mundo. Olhei no mapa e vi desenhado o fim de uma linha. Uma longa e precária estrada de terra terminava ali. Em meio à bruma e o sufocante cheiro de madeira queimada, silhuetas começavam a tomar forma e a revelar a aproximação de pessoas em bicicletas, a cavalo, de todos os cantos, rodeando o avião em busca de novidades. Com certeza aquele era o tempero que ajudava aquela gente a digerir a monotonia que brevemente eu iria experimentar.

Cumprimentos e sorrisos com poucos dentes nos rodeavam enquanto descarregávamos o Cessna. Logo percebi pelas perguntas que se tratavam de velhos amigos da FAB, a procura de notícias daqueles que um dia passaram por ali, do rol de pessoas que a partir de então eu também faria parte.

Algo me chamou a atenção cerca de uns cem metros da aeronave. Cavaletes e fitas zebradas protegiam seis sacos negros, de plástico, com cerca de dois metros cada um, que jaziam estufados sob o sol escaldante. Meu olhar não conseguiu esconder a imensa curiosidade e arrancou respostas espontâneas dos que estavam próximos:


- “São X-9” da motosserra. Houve uma ação conjunta aqui da Policia Federal, IBAMA, Ministério do Trabalho, Ministério Público e da Aeronáutica, para libertar escravos das madeireiras, mas bastou eles irem embora e começou “o pega pra capar”. Aqueles que falaram demais... estão ai há dois dias esperando um legista de Marabá. Credo em cruz!


Aonde eu vim parar, pensei. Se essa é primeira impressão, o que esperar de agora em diante?

Na semana seguinte, ambientado e no ritmo que a localidade exigia, fui surpreendido pelo alarme do portão acusando a presença de alguém ou alguma coisa. Seriam vacas novamente? Olhei pela câmera interna e lá estava um homem em trapos. Magro, sujo e com um chapéu apertado ao peito como se suplicasse um instante de atenção.

- Bom dia!

- Dia! O senhor pode me dar um dedo de prosa?

- Não tenho muito tempo, mas diga.

- Ai é da Aeronáutica né? Venho de uma derrubada no Iriri. Soube que vocês estão salvando quem estava no trabalho escravo. Eu to jurado de morte e preciso ir embora.

- Olhe meu amigo, a missão acabou há duas semanas e...

- Não me diga isso homem ... eu vou morrer... estou viajando pelo mato tem um mês... quero voltar para o meu Mato Grosso... veja o que a malária fez comigo... daqui a pouco começa a terçã de novo... estou dormindo no mato, não posso ir para a cidade... os “gatos” me pegam... ah meu Jesus amado... cheguei tarde então... o que eu faço?


Enquanto ele resmungava um grande e triste monólogo com os olhos fixos no chão, lembrei das mortalhas negras estufadas ao sol. Minha garganta se fechou e nada pude dizer para consolar seu pranto. Senti que deveria ser forte o suficiente para resistir àquela situação sem fraquejar na frente de alguém que me considerava sua última esperança de vida. E assim resisti.

- Onde você está dormindo? – Perguntei.

- Na beira do rio Fresco. Lá ainda tenho peixe para comer sem tempero.

- Volte aqui amanhã, nesse mesmo horário. Verei o que posso fazer por você.

Andando sem dar as costas, olhando por sobre os ombros completou:

- Tenho medo, mas acho que o senhor é gente de bem. Eu volto.


No dia seguinte, no horário combinado não deu as caras. Vasculhei os arredores do sítio com as câmeras e de repente, lá estava ele, amoitado num arbusto de pau torto, tremendo com a febre da malvada terçã. Acho que na verdade ele não se afastara dali desde o dia anterior por sentir-se mais seguro ao lado do sítio.

- Dê a volta! Precisamos conversar. Tenho algo para você.

Depois de muita demora, lá estava ele no portão.

- Escute, falei com um amigo da polícia...

- Deus me defenda! Não diga isso homem! Eles me matam!

- Calma! Eu percebi que não estaria seguro se pedisse ajuda a eles, então nada disse sobre você. Soube que em Marabá há um escritório da Polícia Federal que ainda está tratando desse assunto, e é para lá que você vai. Vá procurá-los e não diga que está fugindo ou jurado de morte. Diga apenas que ficou sem serviço e precisa voltar para casa e não tem dinheiro nem documentos, entendeu? Diga que entendeu!

- Certo, mas de que jeito? Dois dias e meio de ônibus... é caro... não tenho um centavo...

- Tome esta sacola! Tem como pegar o ônibus na estrada sem correr risco?

- Com esses trapos, não. O motorista nem pára.

- Ai tem uma muda de roupa, um lanche, água e R$ 50,00. Tem também um pouco de quinino e sulfato para você controlar a febre. Isso não tem relação com a Aeronáutica. Não complique as coisas. Deus te acompanhe! E olhe aqui! Não diga a ninguém que eu te ajudei, pois não quero fila de gente aqui na porta, entendeu? Diga se entendeu!

- Sim, mas homem, como vou lhe pagar isso? Quando tiver o dinheiro como faço para lhe devolver?

- Quando você tiver o dinheiro para me pagar, compre ferramentas para você e diga a seus amigos: “Isso foi presente de um paulista”.

- Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! Exclamou.

Virei nos cascos e segui sem olhar para traz completando com a voz embargada... E para sempre Seja Louvado!

Entrei na sala de vigilância, selecionei a câmera e ele já não estava mais lá. Que Deus o tenha com saúde e paz, onde quer que esteja.
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Deixo aqui um forte abraço aos meus parceiros de equipe, sargentos Macedo, Marcelo e Dionísio que cônscios de suas responsabilidades, lutaram para manter a operacionalidade do RADAR, das frequências de rádio VHF e das estações de captação de dados meteorológicos no coração da Amazônia. É exatamente para lá onde os “especialistas em aviação e fofoqueiros de aeroportos” apontam para a existência de buraco negro, sem o mínimo conhecimento de quão difícil é manter as estações em funcionamento. São essas localidades remotas que sustentam o imenso sistema de controle do espaço aéreo brasileiro.

Amo a corporação que servi por mais de 30 anos. Mas o meu conflito interno entre carreira (militar) e profissão (ATCO), dá-se no momento que a carreira nega a existência de degradação e dispensa procedimentos defensivos válidos para não deixar transparecer a falha. Ao fazer isso, inibe a adoção de medidas necessárias à segurança no espaço aéreo.

Celso BigDog

Sarkozy quer um novo pescoço!

Procurando um título para comentar esse imbróglio da compra de aviões, viajei por muitos trocadilhos, mas o tema é tão delicado que ficou difícil estabelecer uma linha de raciocínio. A imprensa chegou a noticiar a saída do comandante da Aeronáutica, já pensaram? Isso é muito sério. Mesmo assim, com todo o respeito, brincando com as palavras, procurei amainar a gravidade e a sisudez do assunto, enquanto aguardamos e torcemos por uma solução acertada.

Optei por “Sarkozy quer um novo pescoço!” porque a conveniência comercial assim sugere e porque os franceses, historicamente, sabem que “quem tem pescoço, tem medo”, não é mesmo? Para aqueles que odeiam trocadilhos, minhas desculpas, mas hoje eu estou impossível. Então vamos lá!

“Se é para o bem da Aeronáutica diga ao Lula que Saito” (Histórica!)

“Se alguém tem algo contra, Rafale agora ou cale-se para sempre!” (Social!)

“Melhor um Rafale na mão do que F-5 voando”. (Previdente!)

“Foi assim que o Nipo Leão perdeu a guerra”. (Aff! essa foi à francesa!)

“Diga-me com o que voas e te direi quem és!” (Vox populis)

“O Saito não leva fé! Não leva porque não quer!” (Bonitinha)

Pronto chega! Não doeu nada, doeu? Então sorria!

Celso BigDog

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O Jogo do "Sim" ou "Não".

Para quem pensa que já viu de tudo...

FOLHA DE SÃO PAULO


Frases


- O presidente Lula anunciou a decisão da parte brasileira de entrar em negociações com o Rafale para a aquisição de 36 aviões.
Nota de LULA e SARKOZY divulgada anteontem.

- O que há é uma decisão de iniciar uma negociação com um fornecedor. E não há a mesma decisão em relação aos outros dois [concorrentes].
CELSO AMORIM - ministro das Relações Exteriores, anteontem.

- O processo de seleção do Projeto FX-2, conduzido pelo Comando da Aeronáutica, ainda não encerrado, prosseguirá com negociações junto aos três participantes.
NELSON JOBIM - ministro da Defesa, em comunicado ontem.

Esqueçam tudo o que foi dito. O processo FX2 ainda está em estudos. Imaginem quando o Brasil for chamado à responsabilidade para rebater uma invasão hostil no território nacional:
Piloto para o COPM, atiro ou não atiro? COPM para o CODA. CODA para o COMGAR. COMGAR para o COMAER. COMAER para o MD. MD para o Presidente. Presidente ... Presidente... para o MD, o que você acha? MD para o COMAER, o que você acha que eu acho? É melhor A... A... A... A... Atchim!
Assim eu não "guento"! Saúde!
Celso BigDog

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Brincando de Forca!


Ainda este ano, mesmo que em menor escala, pudemos assistir ao tradicional “Desfile de 7 de Setembro”. Mas no ano que vem... Com o reaparelhamento da Força, teremos novas demonstrações de poderio bélico, com tanques e aviões novíssimos. Estarão nos dando momentos de êxtase e satisfação.

- Mas e a Marinha? Perguntou minha neta.

Ah sim! É verdade! Como o submarino não pode desfilar pela Esplanada dos Ministérios, o Ministro da Defesa já mandou o novo órgão de compras das FFAA licitar a aquisição de um “Tatuzão Atômico”, (daqueles que abrem túneis) só para o desfile militar. O slogan da festa será: “2010 – O ano que o Brasil saiu do buraco”. O momento apoteótico será a emersão do Tatuzão do subsolo, pintado em verde e amarelo, bem em frente ao palanque das autoridades. Já pensou? Isso é que é poderio, isso é que é... Bem, isso se os pilotos da coisa não errarem os cálculos. Isso se não houver também falha de comunicações entre os CCA (controladores de caminhos alternativos) e o tatuzão. Isso se o veículo não encontrar um buraco negro pelo caminho e despencar inexplicavelmente para o desconhecido. Ou então... Ah! Já chega!

Olha querida, a festa da Independência é um evento cívico. Apesar do heroico e retumbante brado, a Independência do Brasil foi só um grito, sem derramamento de sangue, pelas convicções de um homem com sua espada em punho, no lombo de uma mula. Isso mesmo, uma mula!

Essa aproximação com a França é uma boa coisa. Quem sabe se em meio à transferência de tecnologia a gente não pega um pouco de transferência de civismo, buscando na história francesa o “know how” de como a França conseguiu ser uma grande Nação. Poderíamos até brincar de forca, vamos?

- Vamoooooooos!

Então veja essa: "QUEDA D_ B_ _ _ I L_ A!"

- Essa é fácil vovô! Queda de Brasília!

Não Letícia! Eu falo da Revolução Francesa querida, “Queda da Bastilha!”

O que? De onde você tirou isso? Eu disse “mula”! Antes de apontar esse dedo para mim, preste atenção na conversa menina! Eu disse mu-la!

Ah é assim? Então não brinco mais!

Celso BigDog

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O que quer o Rio de Janeiro?


O problema do Rio de Janeiro não é a surdez que pode ser causada pelo barulho do tráfego aéreo. O problema maior é a cegueira causada pela soberba da elite carioca. É a mudez causada pelo despreparo da população menos favorecida, para onde se pretende remodelar as trajetórias aéreas. Tenho pena desse povo que se permite manipular com falácias para atender interesses mesquinhos, pouco técnicos, doa a quem doer.

Falo com conhecimento de causa, pois, na virada do milênio, quando implementamos as rotas padronizadas das chegadas na terminal São Paulo, tivemos muitos contratempos. Deparamos-nos com fatos inusitados que jamais poderíamos ter previsto. Empresários que tiveram seus investimentos penalizados pelas mudanças nas rotas. Consultórios que tinham o silêncio como uma necessidade para operacionalizar suas clínicas foram prejudicados. Área de Laboratório de experimentos nucleares da Universidade, onde não poderia haver sobrevôos foi desconsiderado , e muitos outros. Entre eles posso citar um bastante elucidativo:

Com a definição da perna do vento para o circuito de Guarulhos sobre a Serra da Cantareira, numa área de preservação de grande variedade de fauna silvestre, causamos um êxodo terrível de macacos (Bugios) da crista da serra para os bairros adjacentes. O barulho constante dos aviões numa rota única e definida causou o desastre e um tremendo mal estar com os protecionistas e alguns segmentos do IBAMA. Não houve outra alternativa: Foi preciso mudar!
No tráfego aéreo uma vírgula pode representar muito. Qualquer modificação daquilo que já está implantado, por mais insignificante que possa parecer, produz algum tipo de reação. Nada do que existe foi feito da noite para o dia. As rotas, os procedimentos, as instalações são partes de um processo longo de anos e anos de evolução e adaptação da vizinhança aeroportuária ao aeroporto, e não o contrário. Não há como deliberarmos nada sem antes realizar um estudo técnico aprofundado de efeitos, para então, de uma forma consciente, "errarmos pouco".

Enquanto o velho SDU resiste ao assédio empresarial, o grande e desengonçado GIG busca fazer promoções para atrair movimento. A aviação do Rio está de braços abertos sim, mas não para receber turistas, e sim como num gesto típico carioca, de entrega e impotência: "Qual é meu camarada?"

Veja artigo relacionado:

O ESTADO DE SÃO PAULO

Sonia Racy

A guerra do barulho

O problema em torno do aeroporto Santos Dumont e do barulho que ele faz na vizinhança pode chegar ao fim hoje, se tiver bom desfecho uma importante reunião convocada por Murilo Barbosa. Desencadeado por motivos políticos, há quem reze para que o assunto tenha solução técnica.

O presidente da Infraero chamou Solange Viera, da Anac, Marilene Ramos, do Meio Ambiente do Rio e o brigadeiro Ramon Borges Cardoso, do Decea. Juntos, terão de resolver a polêmica sobre o fim dos voos noturnos.

Barulho 2

Umas das opções, segundo se apurou, seria a mudança da rota dos aviões para que não mais passem sobre os bairros. Se ela for escolhida, segurem os cintos. Dois técnicos ouvidos pela coluna juram que estará dado o start para confusão ainda maior.

Primeiro: os pilotos - que não mais enxergariam o Pão de Açúcar na aterrissagem - teriam que ser retreinados.

Segundo: os voos entrariam na mesma rota de outros que pousam no Galeão obrigando à reformulação também por lá.

Até ontem, cada um dos presentes estava programado para levar seus auxiliares para o debate. Afinal, entre os titulares, experiência mesmo em aviação só a do brigadeiro Ramon.


A política tomou gosto pela matéria ATC em suas inócuas CPIs e agora, não há argumento que consiga convencer os novos doutores, de que em tráfego aéreo o buraco é mais em cima.


Celso BigDog

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Peças que se casam!

O que você tava fazendo na torre 3S Chiquinha?
O que você tava fazendo na to-or-re?
Eu tava pagando um pernoitezinho que troquei com alguém.
Eu tava pagando um pernoitezi-i-nho.
Mas esse aeroporto não fecha as onze 3S Chiquinha?
Mas esse aeroporto não fecha as on-on-ze?
É que a gente precisa ficar de alerta Genaro, meu bem.
É que a gente precisa ficar de aler-er-ta.
Mas quem é que estava lá com você 3S Chiquinha?
Quem é que estava lá com você-ê-ê?
Era o faxineiro que limpava a torre Genaro meu bem.
Era o faxineiro que limpava a to-or-re.
Mas faxineiro não usa camuflado 3S Chiquinha.
Mas faxineiro não usa camufla-a-do.
É que ele se sujou limpando o chão, Genaro meu bem.
É que ele se sujou limpando o chã-ã-ão.
Mas ele estava de peito desnudo 3S Chiquinha.
Mas ele estava de peito desnu-u-do.
Olha aqui 3S Genaro escuta o que eu digo:
E vê se lembra quem de nós dois é o mais anti-i-go!
Projeto 6S


Não é preciso andar muito nos diversos departamentos da FAB para se encontrar um casalzinho nos moldes do projeto “6S”. Juntando contracheques a galerinha encontrou uma maneira mais conveniente de começar a vida desde a Escola de Formação. A cada turma que conclui o curso, menos quepes são lançados ao ar após o tradicional “Fora de Forma” no dia da formatura, e tudo isso porque nesse momento muitos casais formandos estão envolvidos em trocar alianças. Dois salários, que bom! Se um é transferido, o outro vai atrás. Há uma série de vantagens num mar de rosas. Mas como nem tudo que reluz é ouro, onde há rosas, há também espinhos... E o casal deve ter maturidade para aceitar e entender as dificuldades que surgem quando se divide o mesmo ambiente de trabalho, principalmente em se tratando de um quartel.


Conheci alguns casais convencionais de controladores ao longo de minha carreira. Poucos conseguiram manter a união por muito tempo. E há que se ressaltar, que no passado havia mais pudor nessa questão. Os casamentos se davam exclusivamente por afinidade, simpatia amor ou paixão. Não se permitia qualquer tipo de insinuação sobre as razões de uma união ou da retidão de propósitos. Mas nos dias de hoje... onde a intenção primordial é a somatória consignada, isso já não tem a mínima importância. Que triste!
...


O que você estava fazendo num tal de "Estrela", Genaro meu bem?


O que você estava fazendo nesse tal Estre-e-la?...



Ih! Sujou!


Mas que falta de assunto não? Então, ao invés de ficarmos repetindo as mesmas conversas, os mesmos velhos e requentados problemas, vamos rir um pouco.


Celso BigDog

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Não diga!


Air France é acusada de acobertar causas do acidente do voo 447?

Vamos ver... Pilotos da Air France-KLM acusaram os investigadores... patati, patatá, trololó, tralalá, lalalá, lelelê, hum... deixa eu ver o que mais... "Eles estão tentando culpar os pilotos, eles não querem a verdade" blablablablá, bloblobló... ué! Isso é notícia velha?

Sou mais o meu blog.

Leia essa:


E mais essa:


Que tal essa:


E por fim leia a notícia de hoje (tsc... tsc... tsc):

Celso BigDog

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Bico para Controlador Aposentado


A empresa Bond – Bicos Temporários Ltda, subsidiária da West Ling Corporation, oferece 650 vagas para AVE – Agente de Vigilância Espacial, sendo 50 para candidatos com nível superior (função de Falcão Pelegrino) e 600 vagas para nível médio (funções diversas de urubus, quero-queros, garças e seriemas).

A atividade consiste em desenvolver relacionamento amigável com as aves aeroportuárias, dos 65 aeroportos administrados pela Infraero, aplicando técnicas de convencimento (Caôs) para conscientização de que o aeroporto não é o melhor lugar para nidificar. As aves que aderirem a essa conversa mole deverão ser anilhadas e cadastradas na AAA - Ave Amiga de Aeroportos, com direito a diploma da Infraero e Selo de Garantia da ANAC.


Vantagens do Agente:

- Curso de formação aviária;

- Salário Compatível com a função;

- Uniforme cedido pela empresa;

- Protetor auricular;

- Seguro contra ingestão de turbina;

- Plano de Saúde Unizoonose;

- Viagens e muito mais.

Interessados deverão enviar currículo para candidato@westling.com

Ai, ai, ai...

Celso BigDog