terça-feira, 15 de março de 2011

CEO de brigadeiro na Aviação Civil.

Depois de definido o CEO, Chief Executive Officer da Secretaria de Aviação Civil (ou ministro?), trocá-lo seria desastroso. Se levarmos em consideração que o chefão levará cerca de um ano só para dar rumo às coisas, veremos que sobrarão apenas dois anos para executá-las até o pontapé inicial da Copa.
A questão que desestimula os escolhidos a aceitarem não é o desafio de buscar soluções. É o empenho político, a ingerência do próprio governo que, ao mesmo tempo em que promete dar “carta branca” ao salvador da pátria, cria a figura da Autoridade Pública Olímpica, que à primeira impressão assemelha-se a um capataz, leal, atento e servil.
O valor político dos resultados é muito grande. O risco é quase um suicídio profissional. O sucesso poderá representar a reeleição presidencial de 2014 e alguns tapinhas nas costas. Já o fracasso amaldiçoará até a quinta geração do protagonista e salgará seu campo de atuação para que se torne estéril indefinidamente.
Quando a Infraero precisou de uma correção de deriva, lançou mão de um brigadeiro. Com sua comprovada competência e isenção político-partidária, o Brigadeiro Nicácio colocou a empresa nos trilhos. Ao ser questionado por um jornalista se bastava ter coragem para tomar medidas tão profundas, respondeu serenamente: - “Convicção!”
Se a Presidenta Dilma continuar surpreendendo o povo brasileiro com medidas corajosas e desprendidas de qualquer preconceito ou revanchismo, certamente poderá encontrar esse elo importante para sua Secretaria nas fileiras da Aeronáutica, apartidário e conhecedor dos problemas aeronáuticos brasileiros. Isso já seria um atalho e tanto.
Depois da Copa? Bem, quando tudo estiver em ordem é só trocar por alguém indicado pelo partido e todos ficam satisfeitos. No momento só não pode é dar chance para aventureiros, pois muito mais importante do que a organização dos eventos esportivos é a segurança aérea. O País que apresentava 57,5 milhões de passageiros em 2009 prevê um aumento de 32,5% ou seja, 90 milhões de passageiros em 2014. 
Celso BigDog

sábado, 12 de março de 2011

Para cada cabeça uma sentença.

Quando tentamos definir o perfil dos personagens que deveriam ocupar o primeiro escalão do setor aéreo, temos uma infinidade de opiniões diferentes. Cada segmento buscará aquele que atenda aos anseios de sua área e assim, qualquer que seja o nome escolhido desagradará grande parte do grupo.
Diante da notória dificuldade de se encontrar alguém capaz, e disposto a enfrentar o desafio, concluo que a questão vai muito além da solução dos problemas aeroportuários. Não podemos esquecer que, o calendário além de englobar a Copa do Mundo de Futebol 2014, estará correndo parelho com o ano eleitoral, fato que agrega interesses diversos, senão de reeleição, certamente de interesses político-partidários. O resultado no desenrolar do evento futebolístico irá agravar ou amenizar a cobrança sobre as deficiências que por ventura estiverem presentes na ocasião. Ainda que haja um “Ministro de Secretaria” conhecedor da aviação, tenha a certeza que o exíguo prazo não será aceito como justificativa para o fracasso, e para cada cabeça haverá uma sentença.
O transporte aéreo no Brasil tem problemas de regulação, de infraestrutura aeroportuária e aeronáutica, de gerenciamento do espaço aéreo e provavelmente será alvo de ingerência da recém-criada autoridade pública olímpica, puramente política. Aí está um nó difícil de desatar. E ponha difícil nisso!

Voou
Luiz Carlos Azedo – Correio Braziliense – 12/03/2011
O dirigente do Banco Safra, Rossano Maranhão, negou definitivamente o convite feito pela presidente Dilma Rousseff para chefiar a futura Secretaria de Aviação Civil. Ele havia recusado uma vez, mas, diante da insistência dos emissários do Palácio do Planalto, prometeu reconsiderar. Nesta semana, chegou o aviso final, que desagradou bastante à presidente.
Alternativa
Um nome que surgiu no lugar de Rossano Maranhão é o de Luiz Eduardo Falco, que já comandou a TAM e hoje está na Oi. O fato é que a secretaria, prioridade de Dilma no início do ano, subiu no telhado. O órgão é apontado como essencial para resolver um dos principais gargalos para a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas: a falta de estrutura de um setor que vive no precipício de um apagão.

segunda-feira, 7 de março de 2011

O céu por testemunha.

Eu quero deixar registrado aqui o meu mais fervoroso abraço a todas as Mulheres desse nosso Universo Aeronáutico - Controladoras; Aeronautas; Mecânicas; Técnicas; Psicólogas; Defensoras dessa causa incompreendida de Regulamentação da Profissão no ATS; das Profissionais de Comunicação que tão corajosamente levaram o assunto a público; mães desses profissionais; e, principalmente às Esposas dos Controladores de Tráfego Aéreo, que sofrem de maneira abnegada os efeitos dessa atividade ímpar, incompreendida, difícil e fascinante de seus estressados maridos. Desejo à minha querida esposa um dia muito feliz e proveitoso.
8 de Março - Dia Internacional da Mulher
Feliz Dia Internacional da Mulher - Happy Internationaler Frauentag - يوم المرأة الدولي سعيد - 乐国际妇女节 - 快樂國際婦女節 - 해피 국제 여성의 - Glade internationale kvindedag - Feliz Día Internacional de la Mujer - Heureuse Journée Internationale des Femmes - Happy International Women's day - Giornata felice internazionale della donna - ハッピー国際女性の日 - Счастливый Международный женский день สุขสันต์วันสตรีสากล - Mutlu Dünya Kadınlar Günü - Ευτυχισμένο διεθνή ημέρα της Γυναίκας

A todas vocês, tendo a imensidão do céu por testemunha, ofereço esta rosa, cor-de-rosa, formosa, cheirosa ... Ah! Chega de prosa! Parabéns meninas.

sábado, 5 de março de 2011

Os milhões chegam aos aeroportos

Infraero deixou de investir 440 milhões em 2010
Empresa culpa entraves em licitações por gasto de apenas 59% do orçamento.
A Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) deixou de investir 440 milhões de reais ao longo do ano passado, mesmo com os aeroportos do país à beira de um colapso. Do orçamento previsto para a Infraero em 2010, de 1,085 bilhão de reais, foram executados apenas 59%, ou 645,6 milhões. Na prática, deixou-se de investir em segurança nas pistas de pouso, modernização e ampliação de terminais em um período marcado por atrasos e cancelamentos de voos. (Veja 02/02/2011)
As autoridades do setor aeroportuário ainda não se deram conta do quanto é impactante uma reforma estrutural em um aeródromo/aeroporto que opera H24. Os prazos para a execução de qualquer obra são condicionados ao volume de tráfego da localidade e isso é uma variável que extrapola qualquer cálculo de engenharia e qualquer cronograma. Um aeródromo tem disponibilidade para obras dependendo do volume de tráfego, alterações climáticas, incidentes, acidentes, inoperâncias de equipamentos básicos para a aviação. Quando esses fatores não são levados em consideração, ficamos expostos, além do aumento do custo operacional das empresas aéreas, a um aumento considerável dos riscos operacionais tanto para pilotos quanto para controladores. Essa inobservância é o que poderíamos chamar cientificamente de “amadorismo!” Aquele mesmo jeitão demonstrado na reforma da pista de Congonhas por ocasião do acidente do JJ3054. Não foi assim? Com grooving, sem grooving, com chuva, sem chuva, com reverso, sem reverso, com desculpas, sem desculpas, com área de escape, sem área de escape, com charuto, sem charuto, com medidor de lâmina d’água, sem medidor de lâmina d’água, com...
E mais uma vez ressalto que, entregar as obras às vésperas dos grandes eventos irá colocar os profissionais do setor aeronáutico, aeronautas e aeroviários em terreno ainda não familiarizado, com equipamentos novos e um volume de trabalho extremamente atípico. Isso não é seguro.
Bem, já que a coisa não anda mesmo, que tal aproveitar, antes que esses milhões se percam, doá-los para a merenda escolar, para o Fome-Zero. E por falar em milho, que tal pamonha?

http://celsobigblogger.blogspot.com/2010/05/transporte-aereo-de-pamonhas.html

quarta-feira, 2 de março de 2011

Aeroportos - Os olhos não veem, mas o passageiro sente!

Não adianta questionar verbalmente as autoridades responsáveis pelo andamento do setor aéreo brasileiro. Palavras o vento leva. Não foi assim com o reaparelhamento da Força? A França já comemorava a venda ao Brasil de 36 Rafale regada a Dom Perignon, mas cadê? Não foi assim também com a distância entre assentos dos aviões? Não foi assim com as restrições de uso do Aeroporto de Congonhas? Não foi assim com a área de escape do aeroporto? Não foi assim com a construção do Trem-Bala? Não foi assim com a construção de um novo aeroporto de São Paulo? Não foi assim com o aperto na fiscalização da aviação civil que termina agora com o fechamento das Unidades Regionais da ANAC na maioria dos aeroportos? A Infraero diz que tudo estará pronto até o Mundial de 2014. Como a Infraero pode garantir isso se as mudanças que se anunciam no horizonte apontam para uma reestruturação radical no sistema? Concessões, privatizações? Quais os aeroportos estarão aos seus cuidados? Mais uma falácia de uma entidade que não sabe sequer seu próprio destino.
Num País que só interpreta suas Leis da forma mais conveniente, fica o dito pelo não dito e não haverá fio de bigode que faça valer a palavra. Só não vê quem não quer.
Celso BigDog

Brasil  - 02.03.2011
Especialistas afirmam que aeroportos não ficarão prontos até a Copa
Ritmo dos investimentos nos aeroportos brasileiros não acompanha o crescimento do número de passageiros, afirmam especialistas. Infraero diz que tudo estará pronto até o Mundial de 2014